30
Jun 2023
Maioria dos ministros do tribunal tornou o ex-presidente inelegível por oito anos
ANDERSON SCARDOEL - Revista Isto É
O ex-presidente Jair Bolsonaro se manifestou na tarde desta sexta-feira, 30, sobre a sua inelegibilidade, que foi definida horas antes pela maioria dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Para ele, a decisão judicial enfraquece o processo democrático do país.
Em entrevista coletiva, Bolsonaro fez paralelo da data de hoje com o 6 de setembro de 2018, ocasião em que foi esfaqueado por Adélio Bispo, durante passeata em Juiz de Fora (MG). “Passa a ser um dia emblemático para mim”, disse o ex-presidente da República.
Levei uma facada pela frente”, disse Bolsonaro, ao lembrar do episódio ocorrido no interior mineiro há quase cinco anos. “Hoje levei uma apunhalada com essa decisão”, prosseguiu, antes de enfatizar que entende que não foi o único prejudicado pelo parecer da Justiça Eleitoral: “Quem levou uma apunhalada não foi Jair Bolsonaro, foi a democracia brasileira.”
Diante do que constava na ação do TSE, denúncia por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação no encontro que teve em julho ano passado com embaixadores, momento em que teceu críticas ao sistema eleitoral brasileiro e à confiabilidade das urnas eletrônicas, Bolsonaro aproveitou para falar que não cometeu abusos nem diante do fim de seu mandato. “A transição ocorreu dentro da mais absoluta normalidade.”
Ao se manifestar sobre a inelegibilidade definida, Bolsonaro avisou: não está morto em termos políticos.
O partido de esquerda PDT foi o responsável por abrir o processo que serviu para o TSE condenar Bolsonaro à inelegibilidade por oito anos. De acordo com a acusação, o então presidente da República cometeu abuso de poder político e uso indevido dos veículos de comunicação ao receber embaixadores, no Palácio da Alvorada, e falar mal do sistema eleitoral do Brasil. O encontro foi transmitido pela emissora pública TV Brasil.
No TSE, cinco dos sete ministros votaram para condenar Bolsonaro:
Benedito Gonçalves (relator da ação);
André Ramos Tavares;
Floriano de Azevedo Marques;
Cármen Lúcia; e
Alexandre de Moraes (presidente do TSE).
Os outros dois ministros votaram para absolver o ex-presidente:
Raul Araújo; e
Kassio Nunes Marques.
Por unanimidade, o TSE absolveu o general Braga Netto, que foi candidato a vice-presidente em 2022 na chapa encabeçada por Bolsonaro. Ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, ele foi denunciado na ação movida pelo PDT.
29
Jun 2023
Premiação será realizada em outrubro, na cidade de Araxá/MG.
A diretoria da Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Itajubá - ACIEI, reunida na última segunda-feira, 26, escolheu o empresário Bernardo Vasconcelos de Carvalho, da B2ML Sistemas, para receber o prêmio Mérito Empresarial 2023, reconhecimento da Federação das Associações Comerciais do Estado de Minas Gerais – FEDERAMINAS dedicado àqueles que se destacaram em seus municípios. O evento para a entrega da premiação será realizado no dia 21 de outubro, no Grande Hotel Termas Araxá , na cidade de Araxá/MG.
Bernardo é natural de Belo Horizonte, foi criado em Santa Rita do Sapucaí e mora há mais de 20 anos em Itajubá. É mestre em Engenharia de Produção na área de Gestão de Projetos e Desenvolvimento de Produtos de Software. Também é engenheiro da Computação e Técnico em Eletrônica. Foi docente na UNIFEI, FEPI, UNA e UNIVÁS e atualmente é professor de MBA na FACESM. Há 18 anos comanda a B2ML Sistemas, empresa com mais de 100 colaboradores, que presta serviços de pesquisa e desenvolvedora de soluções de software e hardware sob demanda para empresas do ramo financeiro, energia e indústria. Atualmente preside a Retic – Rede de empresas de tecnologia da informação de Itajubá, entidade gestora do Arranjo Produtivo Local de TI de Itajubá.
Para o presidente da ACIEI, Hector Gustavo Arango, a escolha de Bernardo Vasconcelos demostra a força do jovem empreendedor. “É um jovem que se destaca pelo seu trabalho na área de tecnologia e que ganhou espaço em nosso município. Expandiu seus negócios e hoje se consolida como caso de sucesso, o que e muito nos orgulha. Com certeza irá representar muito bem o nosso potencial perante esse evento tão importante”, disse.
Bernardo é filho de Raquel e do ex-prefeito e ex-deputado Federal, Ronaldo de Carvalho
29
Jun 2023
Relator, ministro Benedito Gonçalves, votou pela condenação de Bolsonaro e foi seguido por Floriano Marques e André Tavares; ministro Raul Araújo divergiu. Na sexta (30), sessão começou às 12h.
Por Fernanda Vivas e Márcio Falcão, TV Globo — Brasília.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) continuou na manhã desta quinta-feira (29) o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Com o placar de 3 a 1 pela inelegibilidade de Bolsonaro por oito anos, a sessão foi suspensa e será retomada nesta sexta-feira (30), às 12h.
A sessão desta quinta, a terceira para análise do caso, foi iniciada com o voto do ministro Raul Araújo. Ele inaugurou uma divergência e votou pela rejeição das acusações contra Bolsonaro.
Em seguida, votaram os ministros Floriano de Azevedo Marques e André Ramos Tavares, pela condenação do ex-presidente. Na terça (27), o relator, ministro Benedito Gonçalves, já havia votado por condenar Bolsonaro, por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.
Com relação às acusações contra o vice da chapa de Bolsonaro, Walter Braga Netto, todos os quatro ministros votaram pela rejeição da denúncia. Dessa forma, já há maioria para absolvê-lo.
Faltam os votos da ministra Cármen Lúcia, e dos ministros Nunes Marques e Alexandre de Moraes, presidente do tribunal.
Bolsonaro é julgado pela reunião com embaixadores estrangeiros, no Palácio da Alvorada, na qual difamou sem provas o sistema eleitoral brasileiro. O encontro foi transmitido pela TV oficial do governo.
Na reunião -- realizada às vésperas do início do período eleitoral -- o ex-presidente fez ataques às urnas e ao sistema eleitoral, repetindo alegações já desmentidas de fraudes.
Na sessão desta quinta, o ministro Raul Araújo foi o primeiro a divergir do entendimento do relator, Benedito Gonçalves, e se manifestou pela rejeição das acusações contra Bolsonaro.
No voto, o ministro afirmou entender que "não há que ter limites no direito à dúvida". Raul Araújo concordou que Bolsonaro divulgou informações comprovadamente falsas na reunião com embaixadores, mas entendeu inexistir "o requisito de suficiente gravidade" para a condenação.
O ministro disse que foram tomadas providências para que o evento não tivesse repercussões eleitorais – como a retirada do vídeo da internet e a aplicação de multa. Também minimizou o impacto do discurso para os eleitores, justificando que as alegações já eram conhecidas pelos seguidores do ex-presidente.
Araújo ainda afastou possível irregularidade no uso da estrutura de comunicação do governo para a transmissão da reunião com embaixadores. Disse que, havendo ou não o encontro, seja qual fosse o discurso, a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) repercutiria a agenda presidencial.
No início do voto, Araújo já tinha se manifestado contra a inclusão da "minuta do golpe", encontrada na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, entre as provas do processo. O documento citava planos para instalar um estado de sítio no TSE, com o objetivo de reverter a derrota de Bolsonaro nas eleições, o que é inconstitucional.
Mesmo o TSE já tendo decidido sobre a inclusão da questão, por unanimidade, em fevereiro, Araújo considerou que é possível rediscutir o tema no julgamento. O ministro afirmou entender que fatos descobertos após as eleições não poderiam ser incluídos no processo, porque não tiveram efeito eleitoral.
Durante a fala de Raul Araújo, a pedido da ministra Cármen Lúcia, o relator Benedito Gonçalves esclareceu que os fundamentos para o voto pela condenação de Bolsonaro não se baseavam na minuta do golpe, apenas na reunião com os embaixadores.
Como votaram os demais ministros
Floriano de Azevedo Marques:
Terceiro a votar, o ministro se manifestou pela condenação de Bolsonaro e pela inclusão da minuta do golpe na ação. Porém, afirmou que o documento e outras transmissões e discursos feitos pelo ex-presidente são apenas acessórios ao posicionamento dele, focado na reunião com embaixadores.
Marques citou depoimentos dos ex-ministros das Relações Exteriores, Carlos França, e da Casa Civil, Ciro Nogueira, e afirmou que as provas obtidas ao longo do processo apontam que a reunião não era parte da agenda de eventos institucionais. Para ele, ficou evidente que o "caráter eleitoral era central naquela atividade".
Marques declarou que a performance de Bolsonaro na reunião foi menos de chefe de Estado e mais um comportamento típico de campanha e distante da liturgia do cargo.
27
Jun 2023
Seleção de Pia Sundhage estreia no dia 24 de julho, contra o Panamá; jogos terão transmissão ao vivo de TV Globo, sportv e ge
Por Redação do ge — Rio de Janeiro
A técnica Pia Sundhage anunciou nesta terça-feira a lista de jogadoras convocadas pela seleção brasileira para a Copa do Mundo Feminina 2023, a ser disputada na Austrália e na Nova Zelândia. A relação tem 23 nomes — 11 estreantes em Mundiais —, com mais três suplentes em caso de lesão. As maiores surpresas são a goleira Bárbara e a zagueira Mônica.
As convocadas do Brasil para a Copa:
Goleiras: Letícia Izidoro (Corinthians), Bárbara (Flamengo) e Camila (Santos);
Defensoras: Antônia (Levante), Bruninha (Gotham FC), Kathellen (Real Madrid), Lauren (Madrid CFF), Mônica Hickman (Madrid CFF), Rafaelle (Arsenal) e Tamires (Corinthians);
Meio-campistas: Duda Sampaio (Corinthians), Kerolin (North Carolina Courage), Luana (Corinthians), Adriana (Orlando Pride), Ana Vitória (Benfica) e Ary Borges (Racing Louisville);
Atacantes: Andressa Alves (Roma), Geyse (Barcelona), Nycole (Benfica), Bia Zaneratto (Palmeiras), Debinha (Kansas City Current), Gabi Nunes (Madri CFF) e Marta (Orlando Pride).
As três suplentes são: Tainara (Bayern de Munique), Aline Gomes (Ferroviária) e Angelina (OL Reign).
— Gostaria de aproveitar a oportunidade para agradecer a todas as jogadoras. Testamos 90 jogadoras e estou muito animada, pois quase metade do time nunca foi para a Copa do Mundo. Temos muitos sonhos entre as mais novas, e as mais experientes ajudam a equipe. Isso é muito especial. Depois de quatro anos, é o momento perfeito para a Copa do Mundo — disse Pia Sundhage.
O Brasil está no Grupo F e estreia no dia 24 de julho, contra o Panamá, em Adelaide. Depois, joga contra a França, dia 29, em Brisbane, e Jamaica, dia 2 de agosto, em Melbourne.
— A gente está indo para a Copa do Mundo, temos os melhores países lá. Os dez melhores times têm chances de ganhar, e o Brasil é o oitavo. Com sorte, qualquer um destes pode ganhar. O céu é o limite. Se o Brasil tem chance de ser campeão? Com certeza! Com o histórico que temos e o apoio, pode ser — disse Sundhage.
As jogadoras convocadas se apresentarão ainda esta semana para iniciar os treinamentos. Antes de viajar para a Austrália, a seleção fará um amistoso de despedida da torcida, no próximo domingo, contra o Chile, no Estádio Mané Garrincha, em Brasília.
26
Jun 2023
Investigação contra o líder do grupo Wagner por organização de motim armado continua em andamento, segundo a agência estatal russa Tass
Redação O Antagonista
Dois dias após encerrar uma rebelião de mercenários contra o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ainda é incerto se Yevgeny Prigozhin, líder do grupo Wagner, será julgado legalmente pelo crime, diz Crusoé.
Nesta segunda-feira (26), a agência de notícias estatal russa Tass indicou que a investigação ainda não foi concluída na procuradoria-geral russa.
Seria uma mudança de rota sobre o que foi levado a público no sábado (24), ao final do motim. Nesse dia, a imprensa russa destacou que, após intervenção do presidente da Belarus, Aleksandr Lukashenko, as acusações contra Prigozhin tinham sido arquivados e ele teria aceitado em ir para Belarus.”