07/09/2024

Em ato na Paulista, Bolsonaro pede anistia para condenados do 8/1 e chama Alexandre de Moraes de ditador


Pastor Silas Malafaia defendeu a prisão do ministro do STF. Manifestantes carregavam cartazes pedindo intervenção militar, o que é inconstitucional e criticam o bloqueio do X. Governador de SP, Tarcísio de Freitas (Republicanos), prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB) e parlamentares participam do ato.
Por g1 SP e TV Globo — São Paulo

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) participou, neste sábado (7), de um ato contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na Avenida Paulista, em São Paulo.

Também estavam presentes o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB) – candidato à reeleição –, parlamentares e o pastor Silas Malafaia.

Os manifestantes vestiam, em sua maioria, camisas amarelas da seleção brasileira e carregavam cartazes em que pediam intervenção militar (o que é inconstitucional), criticavam o bloqueio da rede social X e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autor da decisão – posteriormente referendada por outros ministros da Corte.

Em seu discurso, Bolsonaro voltou a defender a anistia para os condenados pelos ataques de 8/1, disse crer na reversão, pelo Congresso, da sua inelegibilidade, e chamou de ditador o ministro Moraes, relator de inquéritos nos quais ex-presidente é investigado.

"Eu espero que o Senado Federal bote um freio em Alexandre de Moraes, esse ditador que faz mais mal ao Brasil que o próprio Luiz Inácio Lula da Silva", disse o ex-presidente.
Antes de Bolsonaro falar, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, havia pedido impeachment de Moraes – cabe ao Senado decidir sobre o impedimento de magistrados ado STF.

O pastor Silas Malafaia pediu a prisão do ministro. "Alexandre de Moraes tem que sofrer impeachment e ir para a cadeia", disse.

Em seu pronunciamento, Tarcísio disse sentir saudade do governo do ex-presidente e defendeu anistia para os presos pelos atentados do 8 de janeiro. "Anistia é um remédio político. O Congresso pode nos dar esse remédio político. Nós merecemos isso", disse e finalizou puxando um coro de "volta, Bolsonaro" – o ex-presidente está inelegível até 2030.

O ato começou às 14h25, com o Hino Nacional, mas desde cedo já havia pessoas se concentrando numa esquina em frente ao prédio do Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª Região. Por volta das 15h30, os manifestantes ocupavam dois quarteirões da Avenida Paulista. Havia, também, manifestantes espalhados em outras partes da via, com concentrações menores em mais dois pontos.

O protesto foi convocado pelo pastor Silas Malafaia e autorizado pela Polícia Militar (PM), que faz a segurança no local.

Além de Eduardo Bolsonaro, participaram do ato parlamentares como os deputados federais Bia Kicis (PL-DF), Gustavo Gayer (PL-GO), Ricardo Salles (Novo-SP), Nikolas Ferreira (PL-MG), Julia Zanatta (PL-SC), o senador Magno Malta (PL-ES).

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