15/05/2025

Wolney e Moro batem boca no Senado: “Não fez nada e quer me acusar”


Ministro da Previdência e senador trocaram acusações sobre a responsabilidade no escândalo dos descontos indevidos do INSS
Gabriel Buss e Mateus Salomão.

O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, e o senador Sergio Moro (União Brasil-PR), trocaram acusações sobre as responsabilidades no escândalo que envolve o Instituto Nacional da Previdência Social (INSS), com descontos indevidos de aposentados. A discussão foi na Comissão de Fiscalização e Controle do Senado, onde Wolney presta esclarecimentos nesta quinta-feira (15/5).

O esquema foi revelado em reportagens do Metrópoles.
A discussão começou quando o ministro citou uma reportagem do Jornal Nacional, da TV Globo, que apontou que um servidor denunciou ainda em 2020 para a Polícia Federal (PF) as irregularidades no INSS, e o caso teria sido ignorado. O esquema mostrado pelo servidor foi revelado pelo Metrópoles, na coluna de Mirelle Pinheiro.

Wolney questionou a Moro, que era ministro da Justiça na época, se ele nunca soube do caso.

“Ontem, por exemplo, eu estava assistindo o JN, e teve uma denúncia em 2020, um servidor em 2020 denunciou a PF que havia descontos indevidos, que havia fraudes, essas denuncias foram feitas em 2020, senador, parece que vossa excelência era ministro da Justiça nessa época. Vossa excelência fez alguma coisa para coibir essas fraudes?”, perguntou o ministro.

Moro disse que nunca chegou a ele essas informações e declarou que Wolney “nunca fez nada” e “quis acusá-lo”.

“Não, não chegou ao meu conhecimento, mas ao de vossa excelência chegou […]. Vossa excelência quis me acusar de algo impróprio. Porque você excelência estava no ministério quando teve a fraude, secretário-executivo, não fez nada, não fez nada, e quer me acusar”, respondeu o senador.

O ministro então disse que Moro como ministro da Justiça “tinha mais obrigação” do que ele e que foi o governo Lula quem “chamou a polícia” no caso da farra do INSS.

“Eu não queria ficar nesse bate boca, mas vossa excelência como ministro da Justiça tinha muita obrigação de saber do que eu […]. Foi nosso governo que chamou a polícia”, argumentou.

Cerca de uma hora depois do embate entre os dois, Moro pediu a palavra e disse que tomou conhecimento da reportagem do Jornal Nacional. O senador argumentou que a denúncia teria sido feita em setembro de 2020, e ele pediu para deixar o Ministério da Justiça em abril daquele ano.

INSS é subordinado à Wolney
Subordinado à pasta comandada por Wolney, o INSS foi alvo de um esquema revelado pelo Metrópoles em uma série de reportagens iniciadas em dezembro de 2023. As denúncias levaram à abertura de um inquérito pela Polícia Federal para investigar cobranças feitas por entidades registradas em nome de laranjas.

Wolney também é do PDT e era secretário-executivo da Previdência sob a gestão de Carlos Lupi. Depois da saída de Lupi do cargo, o presidente Lula (PT) o escolheu para comandar a pasta.



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