12/06/2025

Na Índia, avião cai 30 segundos depois da decolagem e deixa 241 mortos; uma pessoa sobrevive


As primeiras imagens depois do acidente retratam um cenário devastador. Socorristas e voluntários tentavam apagar as chamas e encontrar sobreviventes. / Por Jornal Nacional

Pela primeira vez na história, um Boeing 787 caiu. A tragédia aconteceu nesta quinta-feira (12) na Índia, meio minuto depois de o avião decolar; 241 pessoas morreram e um passageiro sobreviveu.

Câmeras de segurança do aeroporto de Ahmedabad cronometraram a tragédia. Às 13h38, pelo horário local, o Boeing 787-8 Dreamliner, da companhia Air India, decolou e subiu a uma altura de 190 m. Mas em seguida, começou a perder altitude até tocar o solo e explodir. Da decolagem à queda, foram cerca de 30 segundos.

Um morador filmou a queda. O avião, no ar, ainda está com o trem de pouso para fora. Já os flaps nas asas do avião não parecem estar estendidos. No fim do vídeo, a bola de fogo e a coluna de fumaça em uma área residencial da cidade. O avião caiu sobre o refeitório de uma escola de medicina – bem na hora do almoço. Médicos e estudantes estavam no local. Mais de 50 pessoas ficaram feridas.

As primeiras imagens depois do acidente retratam um cenário devastador. Socorristas e voluntários tentavam apagar as chamas e encontrar sobreviventes. Os destroços do avião ficaram pendurados no prédio e espalhados pelo entorno.

Um homem trabalha a 200 m do local da tragédia. Ele disse que ouviu um barulho muito alto, saiu correndo e viu a fumaça densa. Parentes dos passageiros e das pessoas que estavam no prédio atingido na queda se aglomeraram no hospital próximo ao aeroporto em busca de informações. Um jovem queria notícias do tio. Duzentas e quarenta e duas pessoas estavam a bordo:

169 indianos;
53 britânicos;
7 portugueses;
1 canadense;
12 tripulantes.
O piloto era considerado experiente, com mais de 8 mil horas de voo. E o tempo não estava ruim. Foi a primeira queda e o primeiro acidente fatal do modelo 787-8 Dreamliner da Boeing. O presidente da empresa declarou que está pronto para prestar apoio e cooperar com o Departamento de Investigação de Acidentes Aéreos da Índia. O diretor da Air India disse que também estava em contato com as autoridades e afirmou:

“As investigações levarão tempo, mas estamos fazendo tudo o que podemos fazer agora”.
O ministro da Aviação da Índia prometeu uma apuração justa e completa:

“Não pouparemos ninguém. Não deixaremos pedra sobre pedra”.

Peritos americanos e britânicos foram enviados à Índia para ajudar. Os Estados Unidos participam porque a fabricante Boeing é americana, e o Reino Unido por causa dos cidadãos britânicos no voo.

O avião saiu da cidade de Ahmedabad, a 900 km de Nova Délhi, com destino à capital britânica. O aeroporto de Gatwick, no sul de Londres, é o segundo maior do Reino Unido. Todo ano, mais de 40 milhões de passageiros pousam ou decolam dali.

Nesta quinta-feira (12), um centro de apoio foi montado para as famílias de quem estava a bordo do avião da Air India, um lugar seguro para receber informações atualizadas e suporte psicológico.

Os primeiros-ministros da Índia, Reino Unido, Portugal e Canadá - países que tinham cidadãos a bordo do avião - se disseram chocados com o acidente e prestaram solidariedade às famílias das vítimas.

Sobrevivente
Acidente aéreo é o tipo de notícia que mexe demais com as pessoas, com todos nós. Apesar de serem estatisticamente raros, quando acontecem provocam comoção e apreensão. A tragédia desta quinta-feira (12) tem uma série de detalhes que tornam essa história ainda mais impressionante.

Chama atenção o local do acidente. O avião caiu sobre um alojamento de uma escola de medicina. E as vítimas foram atendidas pelos próprios colegas do hospital universitário. O filho de uma mulher trabalha no hospital e tinha ido almoçar no refeitório atingido pelo avião, mas conseguiu se salvar:

“Não aconteceu nada com meu filho, consegui falar com ele. Mas muita gente morreu”.

No meio da tarde, as autoridades chegaram a dizer que ninguém a bordo do avião tinha sobrevivido. Voltaram atrás por causa de um homem. Vishwash Kumar Ramesh é cidadão britânico e estava visitando a família na Índia. Ele tem 40 anos. E, a partir de hoje, duas datas de aniversário.

Depois da explosão assustadora, ele saiu andando. Mostrou o cartão de embarque para os jornalistas indianos e deu detalhes do acidente. Contou que, 30 segundos depois da decolagem, ouviu um barulho muito alto e o avião caiu. Quando se levantou, viu corpos ao redor e correu. Depois, foi levado de ambulância para o hospital. Lá, ele recebeu a visita do ministro do Interior indiano. Um dos médicos disse que ele ficou com hematomas no peito, no rosto e nos pés, por causa do impacto, mas está fora de perigo.

Vishwash estava na poltrona 11A, que fica na janela, bem na frente de uma saída de emergência. Segundo um policial, ele conseguiu pular do avião. Mas o próprio sobrevivente falou para a família que não sabe exatamente como escapou.

De madrugada, a companhia aérea Air India, que operava o voo, confirmou que apenas uma pessoa a bordo sobreviveu à queda. Ajay, primo de Vishwash, conversou com ele por telefone. Disse que a família estava feliz por ele, mas triste pelo irmão de Vishwash, que morreu no acidente, e por todas as outras vítimas da tragédia.

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