A ideia em discussão é entregar políticos envolvidos com o esquema de lavagem de dinheiro e preservar o PCC.
Por Andreza Matais - Metrópoles
Alvo das investigações que desbarataram megaesquema de lavagem de dinheiro no setor de combustíveis, Roberto Augusto Leme da Silva, o Beto Louco, admite fazer delação premiada.
Ele e Mohamad Hussein Mourad são acusados de liderar um esquema criminoso que envolve toda a cadeia produtiva de petróleo — das usinas às bombas de postos de gasolina, e o PCC.
Ambos estão foragidos, e especula-se que se escondem no Líbano, após passarem um tempo em Dubai.
A coluna apurou que Beto Louco teria interesse em retornar ao Brasil, razão pela qual considera fazer delação. Mohamad, vinculado à refinaria Copape, não demonstra a mesma disposição.
As conversas ainda em fase inicial indicam que Beto Louco irá entregar políticos envolvidos com o esquema de lavagem de dinheiro e preservar o PCC.
Como mostrou a coluna de Mirelle Pinheiro, no Metrópoles, Beto Louco coordenava fraudes contábeis e movimentações financeiras, operando fundos de investimento e empresas de participações usadas para blindar o patrimônio da organização criminosa, além de manter relação com importantes políticos do centrão.